quinta-feira, 28 de abril de 2011

Task Force ...

A minha missão em Hamburgo teve o seguinte objectivo. Como em Portugal o trabalho não era muitas das vezes suficiente para todos, os alemães resolveram transferir temporáriamente para a sede alguns empregados.

Como de economia percebo pouco e de recursos humanos menos ainda a minha leitura é esta:

Não havendo trabalho em Portugal para todos, em vez dos Alemães despedirem pessoal pois sabem que um dia mais tarde vão ser necessários, transferem-nos pois assim não perdem o investimento efectuado aquando da formação do empregado. Com isto aumentam a produtividade em Portugal, pois é menos um elemento e o trabalho em Portugal vai ter que ser efectuado na mesma pelos restantes e os custos da empresa em Portugal diminuem.

Já na Alemanha a situação é diferente. Se têm excesso de trabalho em vez de contratarem pessoal novo verificam se existe pessoal já formado disponível. Normalmente o pessoal é transferido já com tudo decidido. Os empregados vêm para funções especificas, definidas, delineadas e estipulado desde inicio o período de tempo e as repectivas funções. Os custos para a empresa na Alemanha aumentam, mas entre o tempo de contratar, formar e começar a produzir um novo empregado passa algum tempo e o cliente reclama.... e como tempo é dinheiro, o melhor mesmo é chamar e organizar uma Task Force para dar conta do excesso de trabalho. E assim eu fui membro de uma Task Force no departamento NB-SL na Alemanha.


Juntamento comigo estiveram um colega Irlandes, um colega Chinês e uma colega Grega e nós os quatro diminuimos significativamente o excesso de trabalho que o departamento tinha e a missão foi concluida com êxito.


Quando somos confrontados com a possibilidade de termos que “emigrar” durante um periodo de tempo ficamos sempre tristes, inconformados... e isto foi o que me aconteceu. Custa muito deixarmos a nossa familia, os amigos, a nossa casa e a nossa vida em Portugal para virmos para outro país.


Muitas podem ser as “razões” pelas as quais as pessoas são potencialmente indicadas para incorporar estas Task Force. Ser casado, velho, não perceber muito de tecnologias, não gostar muito das funções a desempenhar, ter filhos, ou simplesmente por não serem o mais novo da empresa são muitas das razões a dar quando são confrontádos com a ideia de “ter que sair da rotina”.


Já na recta final, não vou dizer que esta fase da minha vida não me tenha custado. Aceitei o convite e adorei a experiência de fazer parte da Task Force. Enriqueceu-me o curriculo, aprendi muita coisa, conheci muita gente e foi mais uma grande experiência da minha vida.

1 Comentários:

Unknown disse...

Só temos a ganhar com isso... ainda que seja doloroso!
Parabéns! Mais uma etapa que passou.

Abraços

Enviar um comentário